Exoneração na Santa Casa pode ter motivações políticas, refere Edmundo Martinho

por Antena 1

Foto: Pedro A. Pina - RTP

O antigo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa Edmundo Martinho admite que o Governo pode ter motivações políticas na exoneração da administração de Ana Jorge.

Ouvido pela Antena 1, Edmundo Martinho admite também que a falta de uma estratégia para resolver os problemas da Santa Casa possa ter levado ao afastamento da antiga ministra socialista da Saúde.

Quanto ao processo de internacionalização dos Jogos Santa Casa, Edmundo Martinho continua a defender a estratégia. Garante ainda que os resultados seriam visíveis a médio prazo, para combater a quebra de receitas da instituição.

O PS já pediu uma audição urgente da provedora da Santa Casa e também da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social para explicar esta decisão do Governo.

A Iniciativa Liberal quer ouvir no Parlamento "com caráter de urgência" a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social sobre o atual ao "quadro financeiro" da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a "necessidade de uma profunda reestruturação" da instituição.

Quem está preocupado com estas alterações de última hora é o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas do Sul e Ilhas, que espera que esta reestruturação não passe por uma política de despedimentos.
O aviso do Sindicato é deixado um dia depois de ser conhecida a decisão do Governo de exonerar a administração da Santa Casa, presidida por Ana Jorge.

A dirigente sindical Patrícia Rodrigues lembra que, nesta altura, já está a ser muito difícil garantir a missão social da instituição e, assim sendo, o caminho não pode incluir despedimentos.
Patrícia Rodrigues defende que é preciso apurar responsabilidades para garantir que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa consegue chegar a todos os pedidos que não param de aumentar.



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